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Tratamento de Melanoma


Como o Melanoma é Tratado?
O tratamento cirúrgico é o tratamento de escolha para o melanoma, e é este primeiro tratamento que definirá toda a história da doença e a chance de cura. A abordagem por um médico capacitado é de extrema importância, desde um procedimento simples, como uma biópsia, até uma cirurgia complexa em tumores avançados.

O que é a biópsia do linfonodo sentinela (BLS) utilizada no tratamento do Melanoma?
Trata-se de um procedimento inicialmente descrito em 1972 por Cabañas no tratamento do câncer do pênis, adaptada por Morton em 1989 para o melanoma, teve sua técnica definida em 1993. Um dos pioneiros no Brasil a realizar foi o Dr. Luciano José Biasi em 1994, médico integrante do NEOCANP.
Este método auxilia na identificação de uma possível disseminação do melanoma pelo sistema linfático (linfonodos), guiando a decisão da terapêutica que será instituída.
Neste procedimento um ou mais linfonodos de uma cadeia de drenagem linfática regional (cervical, axilar, inguinal) será retirado para biopsia no intuito de avaliar a presença de células tumorais metastáticas.
1. Este procedimento especializado exige um exame prévio (linfocintilografia) para definir o linfonodo que será biopsiado, bem como equipamento específico para a identificação do linfonodo correto durante a cirurgia (gama probe).
2. Hoje é essencial para o melanoma, porem também utilizada no carcinoma epidermóide cutâneo espesso, no tumor de Merkel.
3. Após sua consagração na terapia do melanoma, foi padronizada como conduta no câncer de mama, alguns tumores de cabeça e pescoço, com estudos mostrando seu valor também nos tumores ginecológicos e do tubo digestivo.

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Quais terapias podem ser associadas ao tratamento do Melanoma?
De acordo com a avaliação do médico especialista, o tratamento do melanoma pode ser complementado com as seguintes técnicas:

Radioterapia
A radioterapia é um tratamento que surgiu no final do século XIX na sequência da descoberta dos raios X, por Roentgen em 1895, e do rádio, por Marie e Pierre Curie em 1898.
Desde então com a modernização do aparato tecnológico e especialização para o tratamento dos diferentes tipos de cânceres, tornou-se uma arma essencial.
Nos canceres de pele apresenta inúmeras indicações.
1. Para o tratamento exclusivo dos carcinomas e das metástases do melanoma.
2. Para o tratamento complementar da cirurgia dos carcinomas, melanoma, tumores raros.

Imunoterapia
Desde os primórdios da oncologia em especial nos últimos 60 anos, tentou-se atuar sobre o sistema imune para o tratamento do câncer, em especial no melanoma. Utilizou-se vacinas inespecíficas, BCG, C. parvum, auto vacinas, interferon. Os resultados foram na maioria frustrantes sem oferecer benefício real para a maioria dos pacientes.
Nos últimos anos uma nova classe de drogas que agem no sistema imune foi descoberta e um pouco desta história começou a mudar. A primeira droga a ser utilizada foi o ipilimumab, seguida do nivolumab e do pembrolizumab. Outras mais estão em estudo. Desde a sua utilização pacientes com melanoma metastático que tinham uma expectativa média de vida de pouco mais de 6 meses, passaram a apresentar sobrevidas longas, algumas mantidas por vários anos.

Terapia com drogas alvo
Com o mapeamento de mutações genéticas em vias que estimulam a duplicação celular do melanoma foi possível a descoberta e utilização de novas drogas que bloqueiam estes pontos específicos.
Nasceu assim os inibidores de:
1. C-Kit: imatinib
2. B-raf: vemurafenib, darbafenib.
3. MEK: trametinib, cobimetinib

O uso isolado dessas drogas em pacientes com mutação nestes genes específicos mostrou respostas interessantes, porém sem duração. Já a associação de inibidores B-raf /MEK mostraram respostas mais duradouras, alguns casos com mais de 3 anos.